segunda-feira, 21 de maio de 2012

I'm In Here (Lex-Chloe/Oliver)



Titulo:
 I'm In Here
Autora:Roberta Clemente
Classificação: NC-17
Nota: Alguns pensamentos na narração são eventos ocorridos na quinta temporada e podem ter erros...perdão. Mas a história se passa pós Finale.
Resumo: Chloe e Oliver tem suas vidas acompanhadas de perto...muito perto
Prologo 1/? 2/? 3/? 4/? 5/? 6/? 7/? 8/? 9/?



10/?


Em branco. Por alguns segundos foi como a mente de Chloe ficou, quando um dos jornalistas a sua frente levantou como um troféu o celular com seu rosto e ficha como infectada. Em branco total. Ela não reagiu, não conseguiu, só olhou para o próprio rosto, bem mais nova, quase uma garota e sentiu um enorme vazio. Estava em branco.

-Senhora Queen. Essas imagens acabaram de ser divulgadas. São reais? A senhora é uma infectada?

-Qual o poder que o meteoro te deu?

-Mas os infectados não acabam todos surtados em uma camisa de forças...

Chloe voltou a si quando sentiu uma mão segurar firme sua cintura. Ela piscou olhando para o lado e era Oliver quem esta lhe segurando firme. Ele tenta puxá-la de lá e Chloe estava se deixando levar quando escutou:

-Sua mãe? É por isso que ela...

-Não! – Chloe voltou ao microfone quando percebeu finalmente o que estava acontecendo, – Não. De jeito nenhum isso se aplica a minha mãe, – ela respira fundo, sentindo a mão de Oliver na sua. – Eu realmente não sei que informações são essas que vocês estão recebendo no momento, mas sei o motivo delas aparecerem justo agora.  Antes de ser uma Queen ou qualquer outra coisa associada a este nome, eu já era uma jornalista. Desde muito nova aprendi que se eu mereço tanta atenção assim é por que estou no caminho certo. O da verdade... Já enfrentei coisas piores, tive minha vida posta em risco, mas nunca baixei minha cabeça. Não é agora que vou começar.

-O que a senhora quer dizer com isso?

-Poderes, quais a senhora tem?

-O que eu quero dizer é que não serei intimidada – Chloe ignora a segunda pergunta. – Não tenho motivo algum para me envergonhar de qualquer coisa que tenha feito na minha vida inteira. Sempre que levei a verdade a tona com o meu trabalho mostrei meu rosto e disse meu nome. Não preciso ficar aqui me justificando mais do que já fiquei. Muito obrigada.

Oliver que assistiu a tudo calado, fervendo de raiva por dentro, levou Chloe para fora da sala. Queria tirá-la de lá o mais rápido possível, envolvê-la em seus braços e não deixar que chegassem perto dela nunca mais.

Quando eles chegaram à sala ao lado Connor estava correndo a frente da sua secretária com os olhos arregalados de choque. Não era para ele estar ali, muito menos para escutar, mas o sangue e curiosidade Sullivan falavam mais alto.

-Senhor Queen, eu sinto muito, mas ele...

-Mamãe? – Connor olha para Chloe com a boca aberta.

Aquilo foi demais para Oliver. Ele nem sequer para. Pega Connor no colo e continua seguindo com Chloe agarrada a sua mão.

-Espero que meu carro esteja pronto – Oliver diz a sua secretária enquanto passa por ela.

-Sim senhor – ela responde nervosa.

Oliver olha para Chloe enquanto caminhavam rápido por um corredor vazio. Ela não tinha dito uma palavra sequer desde a sala de imprensa e estava preocupado.

-Chloe?  Tudo bem? – ele pergunta em um tom mais suave.

Chloe estava encarando suas mãos amarradas a dele, mas ela olha para Oliver e assentindo fracamente sorri.

-Sim.

Oliver engole com certa dificuldade. Sabia que ela escondendo a verdade. Era uma reação automática dela, sempre dizer primeiro que estava bem, mesmo quando seus olhos diziam o contrário como agora. Mas ele não diz nada. Antes precisavam sair de lá.

O carro estava pronto em uma saída lateral e os três não tiveram dificuldade de deixar o prédio.  Poucas pessoas sabiam daquele lugar.  Não demorou muito para deixarem o centro e partirem em direção a mansão. Oliver cogitou irem para a cobertura da cidade, ela ficava mais perto, eles poderiam parar e respirar, mas achou melhor irem para casa, para longe, onde poderiam reagrupar, pensar no que fazer em seguida e cuidar um dos outros sem a imprensa no térreo.

No caminho ele olhou diversas vezes para Connor sentado na cadeirinha no banco de trás, olhando a vista como sempre fazia e Chloe ao seu lado. Era ela quem o preocupava. Não era justo o que estava acontecendo, o que estavam fazendo com ela.

Conhecia Chloe bem demais para saber que aquilo era bem pior que sofrer qualquer atentado, qualquer dano físico. Nada a desestabilizava mais do que estar ou parecer vulnerável diante das pessoas, de ser a vitima. E o olhar perdido em seu rosto dizia que estava certo. Haviam conseguido atingi-la.

-Mamãe? – Connor chama do banco de trás, rompendo o silencio no carro. Ele olha para Chloe com a testa franzida, – Você é uma super-herói? Como o Arqueiro Verde e Superman? – ele pergunta inocentemente

Chloe tira os olhos da estrada pela primeira vez e olha para Oliver. Eles se olham por um segundo, ela não sabe o que dizer como explicar, então Oliver responde.

-Claro que a mamãe é uma super-heroína – ele faz ênfase no heroína, não perdendo a chance de corrigir o filho e descontrair um pouco. – Ela cuida de nós dois... e do tio Bart, e do tio Clark quando ele faz manha, há anos sem reclamar. Não é? Pra mim ela é uma heroína – ele olha para Chloe e sorri gentilmente.

-Legal – Connor diz abrindo a boca, impressionado. – Você tem que escolher um nome mamãe, todo herói tem um nome. – ele volta a se recostar na cadeirinha.

Chloe não resiste ao sorriso que surge em seu rosto. Estava se sentindo estranha, como uma menina indefesa desde que saiu daquela sala, mas agora, com as duas pessoas mais importantes do mundo, lhe dando nada mais que amor, se sentiu um pouco mais forte.

-Obrigada – ela sussurra para Oliver, colocando a mão sobre a dele.

Oliver entrelaça os dedos nos dela e os leva aos lábios. Não precisava de agradecimento, só que ela ficasse bem. Se alguém no mundo merecia, era ela. Ele deixa um beijo gentil nas alianças e se concentra em chegar em casa.

Assim que passaram pela porta sabiam o que cada uma tinha de fazer. Chloe deu um beijo em Oliver e levou Connor para o andar de cima. Ela não teve pressa em cuidar dele. Fez o que fazia todos os dias. O levou para o banho, preparou um lanche e brincou com ele por uma hora inteira.

Oliver não interrompeu, nem a apressou. Durante o beijo que Chloe lhe deu ainda na porta ficou subentendido a parte de cada um. Então ele entrou no elevador e foi para o subsolo esperar por ela e começar o trabalho.  Durante o caminho até o terminal principal aproveitou para mandar algumas mensagens a sua secretária pedindo para desmarcar sua agenda dos próximos dias.

Faria tudo de casa. Mesmo sabendo que a diretoria estava ansiosa, temendo uma fuga em massa de investidores e negócios por culpa das ameaças. Ações das Indústrias Queen tinham caído no começo do dia, poucas horas depois que Luminiferous foi a publico, seu telefone não parou de tocar, passou algum tempo acalmando engravatados, mas agora, sua preocupação era a segurança de sua esposa. Ela quase foi morta e depois ela e Connor quase se machucaram por culpa desse grupo que finalmente estava saindo das sombras.

Foi tomado por uma raiva animal quando escutou aquele discurso insano. Então a lembrança do quão perto chegou de perder Chloe e a tensão que foi deixada no ar depois do ataque ao canal foram demais. Não suportou sem acuado e achou que como nomes importantes de Star City e vitimas deveriam ir a publico. Um erro. Foi arrogante e Chloe pagou por isso. Mas não deixaria acontecer de novo.

O sistema lhe cumprimentou e as luzes da Watchtower foram se acendendo uma a uma. Enquanto observava cada equipamento que Chloe escolheu ser iluminado um pensamento lhe ocorreu ou o sexto sentido lhe avisou.

Oliver volta a discar e espera. Faria isso enquanto Chloe cuidava de Connor e ele estava sozinho. Ele escuta chamar três vezes antes de uma voz sempre gentil atender.

-Olá Oliver.

-Oi John – Oliver responde com um meio sorriso.

-Está tudo bem? Chloe está bem? Eu vi o que aconteceu pela TV. Não se fala em outra coisa por aqui.

-Eu imagino – Oliver leva uma mão a nuca. Podia sentir a tensão sob os dedos, – Mas Chloe está bem, – ele mente. – Ela vai ficar – então diz a verdade.

-Tenho certeza que sim. Nossa querida Watchtower é dura na queda... Se puder fazer alguma coisa ajudar.

-Você pode – Oliver vai direto ao ponto. Ele puxa a cadeira de Chloe e se senta.

-É só dizer.

Oliver sorri. Sabia que podia contar com John.

-Eu soube que Lex vai a publico no final da tarde. Preciso que você dê uma checada dentro daquela careca – Oliver simplifica, não dizendo o que realmente estava pensando.

-Você acha que ele pode estar envolvido no que está acontecendo? Ao que me parece ele é tão vitima quanto você e Chloe.

-Eu sei, – Oliver concorda.  Ele e Lex estavam na mesma prateleira de vitimas, mas nada que envolvia Lex era simples assim. – Eu só preciso ter certeza.

A voz dele sai cansada. Estava dolorido de tensão e sabia que o pior ainda nem tinha acontecido. Poderia estar sendo paranoico ou implicante, mas preferia ter certeza que torcer pelo melhor.

-Se você acha, então todos nós precisamos. Eu vou a essa coletiva e dou uma olhadinha dentro do Lex.

-Obrigado John. E cuidado para não se assustar com o que vai encontrar e cuidado para não se perder – Oliver diz mais descontraído.

-Não se preocupe. Deixarei um caminho de biscoitos para achar a saída.

-Fico mais tranquilo – Oliver ri. John sempre melhorava as coisas.  – E obrigado mais uma vez.

-Não precisa agradecer... Nos falamos depois.

-Até depois – Oliver desliga torcendo para estar errado.

Ele deixa enfim o corpo relaxar sobre a cadeira que Chloe quase nunca usava. Ela estaria lá em pouco tempo. Era melhor começar a trabalhar. Ele olha para a imensa tela a sua frente. O trabalho de Chloe ainda estava em andamento e sem encontrar nada depois de horas. Oliver suspira frustrado.

-Batman pede comunicação de Gothan City – a voz computadorizada avisa.

Oliver dá um pulo na cadeira. Não esperava nenhuma comunicação já que Chloe tinha colocado a Watchtower para operar em sistema móvel. Depois ele entende que ela deve ter mudado para ficar com Connor. Oliver se inclina sobre o painel e aceita, mas não sem antes colocar um enorme sorriso no rosto.

-Adorável Sullivan... – Bruce se afasta fazendo careta quando vê Oliver no lugar de Chloe. – Oh!

-Desapontado? – Oliver pergunta satisfeito.

-Pra não dizer o mínimo – Bruce ajeita a gravata.

-Sinto muito, mas você vai ter que se virar por ai Bats. Nós temos nossa própria empresa para salvar aqui.

-Não se preocupe, Olive. Eu não estou. A Wayne Enterprises já enfrentou coisa pior que a difamação. 

-Eu sei. Se algumas fofocas e escândalos derrubassem presidentes nós dois estaríamos pobres agora. Eu vendendo cachorro quente na praia e você o corpo em Gothan – Oliver ri brilhantemente.

-Verdade. Só que eu conseguiria ficar rico de novo, óbvio, enquanto você iria parar na cadeia por matar banhistas com sua comida – Bruce dá de ombros.

-Pode ser – Oliver coça o queixo. – Mas acho que Chloe daria um jeito, ela sempre dá.

-Verdade... E por falar nela...

-Com Connor – Oliver responde com o sorriso ainda lá.

-Oh, eu sinto falta do pequeno Sullivan. Ele é especial como a mãe – Bruce diz sinceramente, mas sem perder a chance de provocar.

Assentindo Oliver não se importa.

-Quanto a isso eu tenho que concordar – Oliver sente o peito apertar. Odiava ver sua família no meio dessa bagunça.

-Como eles estão? – Bruce pergunta vendo a tensão evidente em Oliver.

-Eu tenho certeza de que Connor vai ficar bem. Ele não entende a gravidade então... – Oliver olha para baixo.

-Soube que ele bateu em um garoto pra defender a mãe.

Oliver olha de novo para Bruce e o sorriso dos dois é parecido. De orgulho.

-Foi. O garoto é louco pela mãe – Oliver diz assentindo.

-E quem não é? Como ela está?

-Você a conhece. Por fora ela é uma rocha, mas...

-Conseguiram atingi-la, não é?

-Usaram um assunto não resolvido na vida dela, um que talvez nunca se resolva.

-Moira.

-Exatamente – Oliver concorda.  - Mas enfim, o que posso fazer por você?

-Você já fez. Continue cuidando da sua família. Nada mais importa Oliver – Bruce diz pela primeira vez o nome de Oliver, sem provocações, sem desconfortos propositais, como se fosse algo que ele precisasse dizer. – E não se preocupe, caso eu ache esses idiotas primeiro eu guardo alguns chutes pra você.

-Obrigado – Oliver agradece sorrindo.  Sabia que Bruce não se envolveria tanto, mas que ficaria de olho, pronto para ajudar.

-Bem. Eu tenho que ir, uma sala de velhos impacientes espera por mim – Bruce ajeita mais uma vez a gravata.

-OK! Até mais.

Bruce encerra a comunicação e Oliver suspira. Era bom ter o apoio do seu time, mas o trabalho era dele e de Chloe. Ele se levanta e caminha até a sala de equipamentos. Algo lhe dizia que teria que dobrar a munição da noite.

Chloe deu um longo suspiro de decepção quando chegou ao subsolo e viu que sua pesquisa não tinha dado em nada. Tinha uma ponta de esperança de conseguir alguma pista enquanto estivesse fora. Sua intenção era de ficar lá e não sair até chegarem a Luminiferous, mas Oliver achou que eles deveriam ir a publico e ela concordou. Agora tinha que começar de novo.

Só que era frustrante.  Os sites usados para divulgar vídeos e mensagens logo eram deletados deixando um rastro de virais pela internet. Por não usarem um sistema próprio e sim uma rede de compartilhamento esse grupo se colocava na lista dos difíceis de encontrar. Não impossível, com algum tempo Chloe conseguiria, mas tempo era algo que seu instinto lhe dizia que não tinha. Eles eram organizados e aparentemente preparados.

Chloe podia sentir dentro dela, uma voz avisando que algo muito ruim estava para acontecer e seria a qualquer momento. Precisava ser fria e dar um passo atrás para poder olhar e analisar o todo de uma forma diferente. Só assim conseguiria dar uma volta neles e dar de cara com esse grupo, Luminiferous.  Só que não estava tendo sucesso.

Oliver a observou trabalhar por horas sem parar. Viu Chloe praticamente rosnar cada vez que uma tentativa batia em uma parede, tomar incontáveis canecas de café e andar pela Watchtower, de terminal em terminal com uma determinação assustadora nos olhos. Quando achou quer era suficiente foi até ela e tocou gentilmente seus ombros.

-Chloe. Pare um pouco – ele massageia o pescoço dela, sabendo qual seria sua resposta.

-Não posso. Não agora – ela responde inclinando a cabeça ao seu toque, mas sem tirar os olhos do monitor ou parar de digitar.

-Você está aqui há horas – horas sem falar sobre o que tinha acontecido.

-Eu sei. Mas eu preciso encontrá-los, Ollie. Eu preciso antes que... – a voz dela some.

Oliver acha que é o bastante. Ele a força a se virar para ele e olha bem em seus olhos.  Chloe respira fundo, ele vê seu queixo tremer, ela estava perto do limite. Ele segura seu rosto entre as mãos.

-Fala comigo. Por favor – ele pede angustiado.

-Eu – Chloe fecha os olhos antes de relaxar com o calor de seu toque. – Só sinto que tenho que fazer isso antes que cheguem a Connor ou você – ela enfim consegue dar algum sentido ao turbilhão de coisas que estava sentindo.

-Oh, Chloe – Oliver sente o peito apertar dolorosamente.

-Eles chegaram a minha mãe, a mim – Chloe sente os olhos arderem com o pensamento. - Eu não vou permitir que nada aconteça a vocês – ela diz duramente.

-Você e sua mãe não são um caso perdido e nada vai acontecer a mim ou a Connor – Oliver diz com a mesma força. – Nós somos uma família e vamos sair disso juntos.

Chloe deixa os olhos caírem para o peito dele. Assentindo ela deixa que uma lágrima desça por seu rosto.

-Eu sempre fui boa em esconder qualquer coisa que eu quisesse. Se algo precisasse sumir, eu apagava, modificava ou guardava. Mas no fundo, sempre soube que esse dia chegaria. Agora o mundo sabe sobre ela. Eu não consegui protegê-la...

-Chloe – Oliver a força a olhar para ele de novo. Quando ela faz ele continua. – Nada disso é sua culpa. Você sempre fez de tudo para cuidar da sua mãe, inclusive ficar longe dela para protegê-la. E ela está bem, em um lugar seguro.

-Mas sendo julgada, condenada. Ela não merece Ollie. – Chloe sai dos braços dele. Isso a estava matando. Se não tivesse pessoas dependendo dela teria dito tudo sobre sua mãe diante das câmeras. O que fizeram com ela e como ela era nobre e altruísta, que tinha sacrificado a própria vida por ela.

-Nem você -

-Eu me importo mais por Connor. Agora ele está acha o máximo, mas e quando ele voltar à escola? As pessoas vão apontar pra ele, tratá-lo diferente por minha causa, por que a mãe dele é uma infectada? E você? – ela se aproxima, tocando a cintura dele. – Eu sou a desgraça que todos esperavam para o seu nome – ela se encolhe. De repente voltando a se sentir como a gata borralheira.

-Nosso nome – Oliver a corrige, surpreso com aquele pensamento dela. – Nosso nome. Você é uma Queen muito melhor que eu fui em toda a minha vida. Nem por um minuto pense o contrário. E mesmo se pensar, quem se importa? É só um nome. Eu e você somos maiores que ele – ele diz a alguns centímetros do rosto dela. De todo coração. Abriria mão de qualquer brasão de família por ela.

Chloe sorri. Oliver tinha toda razão. Ela estava dando importância ao que não tinha. A um nome ou status. Mas seu sorriso some. Quanto a Connor ela estava certa. Estava afetando a vida de seu filho de forma irreversível.

-Hei.  Connor enfrenta um exercito feliz, com o sorriso mais brilhante e abusado, se for pra te defender. Ele é um Sullivan - Queen, certo? – ele dá um sorriso torto a ela.

-Certo?  - ela responde, sorrindo também. – Me desculpe, eu não duvido de nós. É só que eu odeio, odeio que justo esse capitulo inacabado da minha vida tenha sido aberto para o mundo todo.  Minha mãe deixou isso para mim e acho que não estava pronta pra passar para o Connor. Ele é tão novo.

-Ele te ama. E eu também – Oliver sussurra contra os lábios dela, deixando beijos quase desesperados.

-Eu amo vocês mais que tudo nesse mundo. – Chloe responde, fechando os olhos por um segundo. Fechando os punhos na camisa dele.

Chloe prende o lábio inferior dele entre os dentes antes de abrir a boca quando Oliver a invade aprofundando o beijo, colando o seu corpo ao dele. Ela fica na ponta dos pés e deixa as mãos correrem até o pescoço e cabelos arrepiados de Oliver. Ela sente um frio no estomago, Oliver ainda fazia isso com ela e era uma das melhores sensações do mundo. Estar apaixonada, ser amada e protegida.

-Agora que você me distraiu – Chloe consegue dizer depois de interromper o beijo para respirar. – Podemos voltar ao trabalho? – ela pergunta se encolhendo com um sorriso.

-Uau– Oliver finge dor. – Essa doeu. Mas claro. Voltando ao básico. – ele bate a ponta do indicador no nariz dela.

-Me desculpe – Chloe morde o sorriso. Ela segura a mão dele e volta ao computador.

-Não. Tudo bem. Mas saiba que não vou sair daqui. Como antigamente, naquela Torre que realmente era uma torre e eu ficava te cercando e você fingindo que não percebia – ele deixa um beijo rápido em seus lábios. – De volta ao básico.

Chloe sorri com a lembrança, mas seu sorriso se transforma. Oliver para. Podia ver as rodas girando dentro da cabeça dela. Chloe estava pensando em algo e seu rosto se iluminando no processo.

-Chloe? – ele chama por ela.

-É isso – ela diz olhando para ele. – Quero dizer, pode ser isso. – ela não queria criar muitas expectativas, não depois de horas de pura frustração.

Ela se inclina, deixa um beijo no queixo dele e corre para o terminal principal.  Oliver observa como os dedos dela voam pelo teclado.

-Presumo que minha pequena teve uma ideia? – ele se aproxima, parando um passo atrás dela.

-Eu devia ter pensado nisso antes. – em alguns segundos ela consegue invadir o sistema do canal em que o primeiro discurso de Luminiferous foi transmitido. – Eu sabia. Eles disseram que não foi um ataque virtual e não estavam mentindo, nada foi invadido, pelo menos não até agora.

-O que significa que alguém apertou o botão? Alguém foi até lá e manualmente colocou o vídeo no ar? – Oliver pergunta com a testa franzida em descrença.

-Eu sei. Em que ano estamos? – Chloe faz careta.

-Isso é tão anos 90, ham? – Oliver ri para o tom de diversão na voz dela. – E agora, Sherlock?

-Agora, meu caro – ela continuou digitando. – É só encontrar quem não deveria estar lá no horário em que o vídeo foi ao ar.

Oliver olhou para o monitor onde várias fichas que ele julgou serem de funcionários do canal passavam por segundo e sentiu a mesma ponta de esperança que irradiava dela.

-Bingo – Chloe cerra os olhos para o rosto a sua frente.  – Parece que achamos nosso voluntário. Carl Thomas.

-Como ele conseguiu entrar?

-Não existe nenhum funcionário com esse nome. O crachá que ele usou tem o mesmo código de um faxineiro que convenientemente não foi trabalhar ontem.

-Eles não quiseram chamar atenção com um ataque virtual, mas só conseguiram se entregar. – Oliver cruza os braços, olhando para aquele rosto tão comum.

-Direto na mão da mamãe – Chloe coloca o rosto do crachá no programa de reconhecimento facial. Em segundos os monitores se dividem em centenas de pontos da cidade. Cada câmera de segurança publica.

Ela prende a respiração sem perceber e sente Oliver tocar seu ombro em apoio. Eles só tiveram de esperar alguns segundos até o sistema encontrar o rosto de Carl Thomas e começar a montar um caminho de imagens. Chloe deixa o ar preso escapar de alivio. Enfim alguma coisa.

-Parece que ele está saindo da cidade – Oliver murmura, acompanhando, sentindo a adrenalina crescer dentro dele.

-Não preciso nem esperar o coelho voltar à toca. Ele fez esse mesmo caminho antes de chegar ao canal – Chloe digita e caminha para a mesa onde um holograma com o mapa com o trajeto feito pelo homem foi projetado a cima dela.

- Esse lugar está vazio há muito tempo. Ele fica no limite de Star City com a próxima cidade e as duas disputam o terreno – Oliver logo reconhece o lugar. Um pequeno porto, cheio de galpões abandonados.

-Perfeito se você não quiser ser visto – Chloe volta ao terminal principal quando a leitura termina. Ela não se surpreende quando o caminho apesar de mais longo leva ao mesmo lugar. – Ele está lá. E não está sozinho.

A leitura térmica mostrou grande movimentação no lugar e imagens por satélite confirmaram.

-Nós vamos precisar de mais gente – Oliver diz a ela quando vê as leituras. – Bart, talvez Clark...

-John – Chloe se adianta. – Eu vou chamar John. – John sempre era uma escolha em missões com esse numero gente. Ele era experiente, inteligente e mais que isso, calmo.

-Oh! OK – Oliver abre a boca, poderia dizer que naquele momento John estava entrando na coletiva de Lex, mas se impediu. Preferia falar com ele antes de qualquer coisa. Não precisava preocupar Chloe agora que ela parecia enfim ter conseguido respirar. – Deixa que eu chamo, enquanto você prepara tudo.

-Certo – Chloe concorda facilmente. Ela tinha que preparar um plano minimamente eficiente. De modo algum deixaria para depois. Eles tinham que aproveitar a vantagem da surpresa.

Oliver volta para a sala de equipamentos e só quando estava fechado lá tira o celular do bolso. Ele olha para seu traje já preparado e espera John atender.

-Oliver. Ele já está falando.

-Eu sinto muito, mas precisamos de você aqui. É mais importante, – Oliver fazer uma careta, contrariado e dividido entre uma coisa e outra. Queria saber mais sobre Lex, mas chegar às pessoas que estavam infernizando a sua vida era prioridade. – Nós encontramos o lugar onde eles estão se escondendo.

-OK! Eu chego ai em alguns segundos.

-Obrigado. – Oliver desliga e aperta o telefone na mão. Ele respira fundo e estica o braço para pegar seu colete.

-O que está acontecendo?

Oliver gira assustado com a pergunta de John. Ele leva a mão ao peito e respira fundo mais uma vez.

-Chloe te adora, mas ela odeia quando você e Clark fazem isso. Não conte a ela – Oliver aponta o dedo para ele.

-Pode deixar – John diz envergonhado.

-Então? Alguma coisa? – Oliver pergunta com esperança de que o marciano tivesse tido tempo de colher informações.

-Infelizmente não muita. Você me telefonou no instante em que eu estava entrando na mente dele – John inclina a cabeça.

-E? – Oliver sente o estomago apertar.

-John? – a voz de Chloe vem do lado de fora.

-Falamos depois – John aperta o braço de Oliver e se vira para a porta, – Olá, Chloe. – ele sorri para ela.

-Oi – Chloe devolve o sorriso e joga os braços em volta do amigo. - Obrigada por vir.

-Não precisa agradecer. Nós somos um time apesar de estarmos cada um em um lado do país.

Chloe concorda.

-A movimentação aumentou. Parece que eles estão se preparando para alguma coisa. Nós precisamos agir e agora – ela olha para os dois.

Os três se olham por um segundo antes de se separarem. Oliver para se vestir e armar, John para se preparar para o que os esperava e Chloe para comandar. Ela tinha a sensação de que não seria fácil, mas que o que quer acontecesse, seria definitivo. Eles não seriam intimidados.



CONTINUA...
Olááá. Faça a autora pidona feliz(euzinha) e deixe um comentário. 



9 comentários:

  1. Ah, meu Deus! Não esperava atualização tão cedo hahaha... Ô supresa boa!!
    Adeus bloqueio!

    Mas, sinto que estamos chegando ao fim =(

    Agora, um capítulo com Oliver Queen poderia ser melhor? CLARO... quando no mesmo capítulo temos Oliver Queen e Bruce Wayne se provocando e se unindo para defender a Chloe *-*

    Adorei o recado que a Chloe mandou para o grupo Luminiferous...

    O Connor como sempre uma graça *-*
    Adoro como eles vivem o corrigindo...

    Agora, me diz como você nos deixa no suspense... o que é que tem na cabeça do Lex? O que o John viu, se é que viu algo?

    Aguardando ser mais uma vez surpreendida...

    GIL

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    1. Dois capítulos em menos de uma semana...Que choque \o/ hahahahaha
      Opa, se Deus quiser. Daqui para o fim eu sei onde quero ir. Só sou péssima pra dividir em capítulos. Por isso não determino, senão vou ter que ficar criando partes e mais parte como fiz com A Better Place. rs

      Ollie melhora tudo, não??? *-*
      Bruce e Ollie são brothers, hehehehe...tudo pela loirinha.
      Que é forte. Mesmo depois de uma rasteira ela levanta e enfrenta.
      Agora vamos ver quais serão as consequências disso.

      Que bom que gosta do Connor, eu tb gosto muito!!!

      Ah, tem que ter né? Um suspense.
      Achei que o capitulo tava grande demais já. Achei que vcs precisariam de um tempo. rs


      Muuuuuito obrigada GIL!!!
      Valeu ;)

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  2. ADORO ESSA ESTÓRIA, MAS ROBERTA, DEFINITIVAMENTE A PARTE DO BRUCE E DO OLIVER FOI HILARIA DEMAIS, QUASE ME ACABEI DE TANTO RIR, FOI OTIMA A PROVOCAÇÃO E AO MSM TEMPO A FORMA COMO SE RESPEITAM E INTERAGEM, ENFIM ANSIOSA POR MAIS ATUALIZAÇÕES, ESPERO QUE HAJA MAIS DE OLIVER, BRUCE E CHLOE ACHO ESSE TRIO DEMAIS DE BOM, A FORMA COMO VC OS COLOCA É MUITO DIVERTIDA,OBRIGADA POR MAIS ESSA ATUALIZAÇÃO!!!
    DINY

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    1. Olá Diny o/

      Sabia que Bruce iria agradar, ele sempre agrada.
      Pensei em trazer outro, mas achei que vcs gostariam mais do Bruce.
      Por isso também, por ele já ter essa forma de interagir com os loirinhos. rs
      Vamos ver, provavelmente sim ;)

      Valeuuuuuuuuu Diny.
      Muito obrigada pelo comentário.

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  3. Nem estava esperando atualização tão rápido. Gostei, hehe
    Eu estava curioso para saber o que o John ia encontrar na mente do Lex kkkk

    Muito bom Roberta, deixa a gente preso na história rs

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    1. Estou surpreendendo vcs, né? eu sei.
      E com um capitulo grandinho até, hein?rsrs
      É que andei procrastinando menos tb ;)

      Eu sei. Juro que vcs vão saber na próxima parte. Juro jurandeeeenho ;)
      Opa, tenho que usar de artimanhas hahaha

      Valeeeeeu Vinicius.
      Obrigada pelo comentário *-*

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  4. "Presumo que minha pequena teve uma ideia? "
    Eu acho tão fofo quando o Oliver chama ela assim... Eu achei q ela ia ficar brava com ele e começar com aquele discurso 'eu não sou pequena' rsrsrsrs

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  5. Meu Deus! Essa história é tudo de bom nesse mundo auhhuahuahuahua
    Chlollie e Chlex, eu ganhei a semana :)
    Super romântica e super quente uau
    Minhas maiores gargalhadas: chamar o tio Bart de Joey Tribbiani (comparação perfeita aliás) e o papo entre Ollie e Clark "Boa, gênio – ele levanta os dois polegares para Clark" Adoro o humor sarcástico do Ollie
    Espero que escreva mais logo

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    1. hahahahahaha Bart é muito Joey!!
      Ollie faz Clark parecer um idiota, sempre! rs

      Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito obrigada Malu!

      Roberta

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